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Itaú terá elétrico compartilhado por R$ 0,90/minuto

O compartilhamento de automóveis ainda é um negócio pouco desenvolvido nos grandes centros brasileiros, tendo perdido espaço rapidamente para os aplicativos de transporte pessoal.

Contudo, ainda existe espaço para que essa modalidade de transporte nas cidades atraia realmente quem precisa, aquele que não quer ficar vendo cancelamentos de apps, enquanto a hora passa.

Assim, a Vec Itaú, uma iniciativa do referido banco, quer um sistema de compartilhamento de carros semelhante ao implantado com sucesso em bicicletas.

Ainda na fase piloto, com colaboradores em São Paulo, a Vec Itaú quer iniciar seu serviço inicialmente para clientes corporativos, no segundo semestre.

Entretanto, as massas deverão ter acesso ao sistema no decorrer de 2023, o que será um atrativo para pessoa física, que precisa de um carro para se deslocar de um ponto a outro e até fazer uma parada na metade do caminho.

Tal como as bicicletas do banco, a Vec Itaú terá pontos fixos de estacionamento com recarga gratuita para retirada e devolução dos carros, que serão elétricos.

A empresa estuda em São Paulo, locais apropriados para o serviço, mas já podemos imaginar centros empresariais, shoppings e estações do metrô como pontos importantes para o negócio.

O banco acredita na eletromobilidade e a experiência com as bicicletas, compartilhadas há uma década, conta muito.

Rodnei Bernardino de Souza, diretor do Itaú Unibanco, explica: “Estamos evoluindo conversas com agências Itaú, condomínios, redes de estacionamento, entre outros segmentos porque podemos instalar as estações nesses locais, que são seguros e, assim, o cliente vai ter uma boa experiência”.

Ou seja, a coisa é mais ampla que se possa imaginar e o que chama atenção no serviço será o custo: R$ 0,90/minuto. Haverá uma taxa de desbloqueio do veículo, que será de R$ 4,50.

Num percurso de 30 minutos, o usuário gastará R$ 31,50. Dependendo do local e do horário, sairá mais barato que pegar um carro de aplicativo, cujos valores variam ao longo do dia.

Com um app, CNH cadastrada e um cartão de crédito, pega-se um carro elétrico e pode-se ir de uma estação para outra do sistema da Vec Itaú.

Será mais uma opção numa metrópole que ainda está longe de ser um exemplo em mobilidade.

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Caminhão elétrico Tesla Semi abre pré-reserva nos EUA

O Tesla Semi é o prometido caminhão elétrico da marca de Elon Musk para o transporte de cargas em curtas e médias distâncias na América do Norte.

Agora, o caminhão da Tesla iniciou as pré-reservas nos EUA com sinal de US$ 20.000, sendo que destes, US$ 5.000 serão garantidos por um cartão de crédito.

Os US$ 15.000 terão de ser transferidos eletronicamente em 10 dias, porém, para mais de um veículo, pode-se entrar numa página e fazer o cadastro para veículos adicionais.

O valor será adicionado ao preço final do Tesla Semi, estimado em US$ 150.000 para a versão de menor alcance e US$ 180.000 no pacote de autonomia máxima.

A pré-reserva é apenas garantir o direito de encomendar o veículo antes dos demais compradores, porém, ainda não se sabe o valor do caminhão.

De qualquer forma, o Tesla Semi será adquirido por várias empresas de transportes e companhias nos EUA por conta de seu potencial.

Segundo a Tesla, o Semi terá capacidade para tracionar 34 toneladas de carga com autonomia entre 483 e 804 km.

Com reembolso garantido em caso de desistência da pré-reserva, o Tesla Semi precisa mesmo é garantir sua chegada ao mercado americano.

Atrasado em muito na entrega de sua carga mais importante, o Tesla Semi é um produto que ainda não tem uma linha de montagem pronta.

Falou-se em uma instalação no norte de Nova Iorque (estado) que faria também o Tesla Roadster de nova geração.

Contudo, a Tesla não é cumpridora de prazos e nenhuma promessa de data de entrega pode ser considerada nesse momento.

Desenvolvido pela Tesla para pavimentar as estradas americanas com uma proposta tentadora de caminhão elétrico, que fez de 0 a 100 km/h em pouco mais de 20 segundos.

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Caminhões Volkswagen terão motores Scania em 2028

A Traton, divisão de veículos comerciais do grupo Volkswagen, deverá compartilhar plataforma e componentes entre as marcas dos caminhões da empresa, que hoje reúne VWCO, Scania, MAN, Navistar e RIO.

Serão desenvolvidos novos produtos, compras e custos, além do compartilhamento de uma base comum, chamada CBE (Common Base Engine).

O CBE é uma arquitetura modular de motor diesel que atuará em todas as marcas de pesados do grupo, mas aparentemente será o último investimento em motores a combustão.

O primeiro produto nascido dessa arquitetura é um novo motor diesel de 13 litros da Scania, que equipa o modelo R460 Highline.

Esse novo propulsor será disponibilizado para a Navistar em 2023, assim como a MAN oferecerá o motor em 2024 para seus caminhões.

Por fim, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) usará essa nova linha de motores diesel em 2028.

Segundo a Traton, “o objetivo é que todas as marcas Traton usem componentes e peças em comum, principalmente no trem de força, cabine, plataformas de software e chassis. Ao mesmo tempo, cada marca manterá e fortalecerá sua identidade e oferta individual para o respectivo grupo de clientes”.

Com compartilhamento de motores e componentes, o grupo Traton reduzirá em muito os custos de desenvolvimento e produção de veículos pesados do grupo alemão.

Christian Levin, CEO do Grupo Traton, diz: “A colaboração aprimorada no Grupo com base em uma aplicação inteligente de modularização, também permitirá ganhos de eficiência e amortecerá os investimentos necessários e custos mais altos de tecnologias futuras, como transmissões elétricas e direção autônoma”.

Levin completa: “Interfaces padronizadas permitirão troca de tecnologia muito mais rápida. Seremos capazes de usar soluções idênticas para as mesmas necessidades e, assim, atingir o máximo foco no cliente e preços máximos”.

Annette Danielski, CFO do Grupo Traton, comenta: “Com nossas quatro marcas fortes e suas estratégias de crescimento claramente definidas, buscamos metas ambiciosas de lucratividade. Garantimos a competitividade futura da Traton com investimentos direcionados em componentes comuns, novos modelos de negócios e novas tecnologias, mantendo uma alta disciplina de custos”.

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Montadoras planejam investir R$ 37 bilhões no Brasil até 2026

Apesar do cenário adverso de produção e vendas muito abaixo do necessário para justificar a capacidade de fabricar até 5 milhões de veículos por ano, a maior parte das montadoras instaladas no Brasil parece não ter perdido a confiança de que, um dia, este mercado será bem melhor do que é. A tese é confirmada pelo ciclo de investimentos bilionários já divulgados e que ainda serão anunciados nos próximos meses.

Somando programas ativos anunciados desde 2018, doze fabricantes de veículos têm investimentos combinados no Brasil de R$ 49 bilhões até 2026. Fazendo uma estimativa do que já foi gasto, ainda restam cerca de R$ 37 bilhões a serem aplicados nos próximos cinco anos, incluindo este 2022 na conta.

Desta vez, ao contrário do que aconteceu no início da década passada, praticamente não há mais investimentos em aumento de capacidade produtiva – já mais que suficiente no momento.

Os recursos estão sendo direcionados majoritariamente para desenvolvimento e lançamento de produtos que incorporam novas tecnologias, mais digitalizados e conectados, mas principalmente em linha com a evolução das legislações brasileiras de emissões, eficiência energética e segurança veicular, que obrigam fabricantes a adotar sistemas avançados – o que é bom, mas torna os veículos inevitavelmente mais caros.

Também estão sendo aplicados recursos para modernização de linhas de produção, em muitos casos com adoção de processos de manufatura digital robotizada da Indústria 4.0.

Em boa medida, todos os novos investimentos foram justificados não pelo inexistente crescimento do mercado brasileiro ou das exportações, mas pelos bons resultados e retorno aos lucros na América do Sul.

Pode parecer estranho que usando menos da metade da capacidade de produção instalada e com vendas 33% menores em relação a 2019 as montadoras tenham ganhado mais dinheiro em 2021, mas foi o que aconteceu com a bem-sucedida estratégia de vender menos por preços maiores.

A volta de números positivos ao balanço da América do Sul foi a justificativa da Volkswagen para o novo pacote de R$ 7 bilhões no Brasil e na Argentina, anunciado no fim de 2021, que inclui o projeto Polo Track de lançamento de um novo modelo de entrada, com certeza acima do Gol, montado sobre versão simplificada da plataforma global MQB do Grupo VW.

 mesmo aconteceu com o Grupo Stellantis, que com as marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram conseguiu registrar vistoso lucro operacional de € 882 milhões no ano passado, o que não só sustenta o plano atual de R$ 16 bilhões e uma dúzia de lançamentos até 2025, como também deve garantir novos investimentos antes mesmo do fim do pacote atual.

Kwid Elétrico

Renault Kwid E-Tech chega como elétrico mais barato do Brasil

A Renault lança o novo Kwid E-Tech e o compacto já chega como o carro elétrico mais barato do Brasil. A versão totalmente elétrica do do modelo chega com motor mais potente do que a versão europeia por R$ 142.990. Entre os destaques está a autonomia de até 298 quilômetros no ciclo urbano com uma carga de bateria. A marca promete que o valor será mantido durante toda a pré-venda até julho, mas as entregas acontecerão em agosto. Bom também que é a nível de potência do motor do Kwid elétrico ficará mais próximo dos 70 cv das versões equipadas com motor 1.0 Sce a combustão que estão sendo vendidas atualmente no Brasil. Será um aspecto positivo a mais na comparação com a versão chinesa, que tem apenas 44 cv e pode atingir modestos 104 km/h de máxima.

Tem um conjunto de baterias de 27 kWh de íon-lítio, o que entrega uma autonomia média de 265 km no ciclo combinado. Porém, a Renault aponta que, para o cliente que vai andar só nas cidades, a autonomia pode chegar a 298 km. Na hora de recarregar, é possível usar uma tomada comum, recuperando 190 km de alcance em 9 horas. Usando uma recarga rápida (DC), o tempo cai para 40 minutos.

O argumento da Renault para atrair os clientes para o Kwid E-Tech é o custo de rodagem. Segundo a empresa, após rodar por 60 mil quilômetros em três anos (20 mil km por ano), o custo por km rodado é de R$ 1,30, o mesmo de um carro 1.0 manual – a marca utilizou como parâmetro o custo de rodagem com o Chevrolet Onix – 1.0 mais vendido no Brasil. As três primeiras revisões custarão a metade do valor cobrado pelo Kwid com motor a combustão.